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Vós sois a luz mundo.

Nós podemos ser sal e luz do mundo!

No Evangelho da Missa deste domingo, o Senhor fala-nos da nossa responsabilidade perante o mundo: Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo. E diz isso a cada um de nós, àqueles que queremos ser seus discípulos.

O sal dá sabor aos alimentos, torna-os agradáveis, preserva da corrupção e era outrora um símbolo da sabedoria divina. No antigo Testamento, prescrevia-se que tudo o que se oferecesse a Deus devia estar condimentado com o sal, para significar o desejo de que a oferenda fosse agradável.

A luz é a primeira obra da criação, e é símbolo do Senhor, do Céu e da vida. As trevas, pelo contrário, significam a morte, o inferno, a desordem e o mal. Os discípulos de Cristo são sal da terra: dão um sentido mais alto a todos os valores humanos, evitam a corrupção, trazem com as suas palavras a sabedoria aos homens. São também luz do mundo, que orientam e indicam o caminho no meio da escuridão.

Quando os cristãos vivem segundo a sua fé e tem um comportamento irrepreensível e simples, brilham como astros no mundo, no meio do trabalho e dos seus afazeres, na sua vida normal.

Um olhar à nossa volta é suficiente para vermos que hoje em dia, é como se os homens houvessem perdido o sal e a luz de cristo. “A vida civil encontra-se marcada pelas conseqüências das ideologias secularizadas, que vão da negação de Deus ou da limitação de liberdade religiosa à preponderante importância atribuída ao êxito econômico em detrimento dos valores humanos do trabalho e da produção; do materialismo e do hedonismo, que atacam os valores da família numerosa e unida, os da vida recém-concebida e os da tutela moral da juventude – a um << niilismo >> que desarma a vontade perante problemas cruciais, como os dos nossos pobres e de um novo modelo de pobres que está se criando em nossa sociedade, dos emigrantes, das minorias étnicas e religiosas, do mau uso dos meios de informação, que tem uma grande influência em nossa formação moral cristã e civil, enquanto arma as mãos do terrorismo.

Há muitos males que derivam do “abandono por parte de batizados e fiéis das razões profundas da sua fé e do vigor doutrinal e moral dessa visão cristã da vida que garante o equilíbrio às pessoas e às comunidades”. Chegou-se a essa situação – em que é preciso evangelizar novamente o mundo – pelo cúmulo de omissões de tantos cristãos que não foram sal e luz como o Senhor lhes pedia.

Cristo deixou-nos a sua doutrina e a sua vida para que os homens encontrassem o sentido da sua existência e achassem a felicidade e a salvação.  Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte, nem se acende uma lâmpada para pô-la debaixo do alqueire, mas no candelabro, para que alumie todos os que estão na casa.

Continua a dizer-nos o Senhor no Evangelho da nossa celebração, assim brilhe a vossa luz diante dos homens, a fim de que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. E para isso é necessário, em primeiro lugar, o exemplo de uma vida reta, a pureza da conduta, o exercício das virtudes humanas e cristãs na vida simples de todos os dias. A luz, o bom exemplo, deve abrir caminho.

Pe. Rosevaldo Bahls

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Cascavel, 02 de Janeiro de 2011